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A->N

Meu gosto musical sempre foi puxado para o rock, mas sempre fui aberto a outros estilos: músicas clássicas, rap, pop, alguma coisa do indie e um pouco de música eletrônica. Na verdade eu era fã de Eurodance, sendo mais específico, onde vários artistas brilhavam por fazer uma música mais romântica e calma, com destaques para Gigi D’Agostino, Daft Punk, Cascada, Lasgo, Alice DeeJay, Kasino, Magic Box, Ian Van Dahl, Benny Benassi, Eiffel 65, enfim… só a nostalgia. Teve até uma época da minha adolescência que fiz uns remixes no Virtual DJ e estava começando a mexer no Fruit Loops, mas a mudança do cenário da música para o Psy/Trance me decepcionou bastante e desisti do hobbie. Essa minha decepção durou por longos anos, até conhecer o cenário underground da música eletrônica e me deparar com o Approaching Nirvana.

Andrew e Sam - Approaching Nirvana

Diferentemente dos grandes artistas com contratos de peso com gravadoras, o Approaching Nirvana produzia suas músicas independente, vendendo seus álbuns pela bagatela de U$ 10,00 na cópia digital (vendida no Bandcamp e Itunes) e Us 15,00 no CD com frete gratuito internacional. E as vantagens do trabalho da dupla ser independente, não paravam por aí: nas cópias digitais, você poderia baixá-las em qualidade .FLAC e comprá-las individualmente, o que era uma maravilha para os audiófilos. Além disso, todo o trabalho da dupla é disponibilizado no seu canal oficial no YouTube e pode ser usado em seus vídeos pessoais e em suas Streams no Twitch.TV, desde que você comprasse o álbum e fizesse uma dedicatória na descrição do vídeo. Ou seja: 10 dólares em uma cópia digital de um CD em alta qualidade, onde você poderia usar em seus vídeos, sem se preocupar com direitos autorais! Sem falar que, caso você não tivesse dinheiro para comprar os cds, poderia escutá-los gratuitamente no YouTube, e ajudar com o AdSense! Incrível!


Sam e Andrew

A história da dupla teve um início interessante. Tudo começou em 2009, quando Sam Willson (esquerda) e Andrew Sinclair (direita) fizeram um remix juntos via Skype para um evento, onde o público ouvinte gostou bastante do resultado e os dois decidiram gravar juntos. Na época, Sam morava em Flórida, Miami; e Andrew morava em Columbia, Maryland.

A>N respondendo meu Tweet

Mesmo assim, gravaram seu primeiro álbum em 2011, o Cinematic Soundscapes Vol. 1, e logo a comunidade contribuiu com doações para o projeto, fazendo assim alavancar o segundo album da dupla no mesmo ano, intitulado Lapse In Time. Logo o trabalho da dupla começou a ser exibido em alguns canais da TV americana, como MTV, VH1, Oprah Winfrey Network, e seus vídeos no YouTube estavam catalogados como a banda preferida dos canais gamers. Nisso, no mesmo ano foi lançado o terceiro álbum da dupla, o Subliminal Message, e logo em 2012 eles estavam no #1 lugar do Bandicamp como grupo independente, e em #4 lugar no Itunes no gênero Eletronic.

Em 2012, através de doações dos fãs, Andrew se mudou para Miami para morar e gravar junto com o Sam, e desde então foi uma avalanche de álbuns:

A->N - Capa do álbum Animals

O mais interessante da dupla, é a forma como eles fazem suas músicas: São feitas streams diariamente no Twitch.TV pelo Andrew, onde ele cria seus samples, batidas, voz, violão, teclado, tudo online e ao vivo. Enquanto a stream acontece, seus seguidores podem fazer doações via PayPal, e depois de alguns dias seguidos assistindo, percebe-se que existe uma comunidade entre os fãs e a dupla, onde todos conversam, interagem e ajudam na composição da música, dando dicas e idéias.

Derp - Mascote da dupla

Na minha opinião, este é o futuro perfeito para a evolução da música no sentido da arte. Veja o porquê abaixo:

  1. Não há preços abusivos em seus álbuns;
  2. Seus materiais são de uso livre desde que você contribua com a compra;
  3. Suas músicas são exibidas no YouTube caso não tenha grana pra contribuir;
  4. E caso você queira contribuir e participar das composições, as Streams são bem divertidas.

Muito diferente dos demais artistas do cenário eletrônico aí afora, onde pagam para ser exibidas e ter seu “sucesso” emplacado na TOP 100 DJ MAG.

A->N - Notes

Para concluir: na arte do álbum Notes (imagem acima), Sam escreveu diversas notas sobre como a música foi influenciada pelas pessoas ao seu redor, e sobre Andrew ir morar em Miami.

“We began making music because we wanted to be in a better place; we wanted to be happy. We were thousands of miles apart and yet the music brought us together. We have seen how our music brings so many people together. We all travel our own ever-evolving paths towards happiness. We are all and will always be approaching nirvana.” 

Aproveitando o gancho das notas do Sam na imagem acima: até a próxima! ;)

Todos temos os nossos próprios demônios, nossos próprios problemas. E foi ao observar meu primo de 10 meses de idade, que observei o quanto certos demônios, mesmo após anos mais tarde, ainda assombram minha vida. Hoje vou seguir um conselho do aclamado comediante Louis C.K. e vou sair da minha zona de conforto, que é fazer posts nerds abordando tecnologia e jogos.

Sobre a família

Vim de uma família problemática. Minha mãe engravidou deste que vos escreve aos 15 anos de idade e na época meu pai tinha 24 anos. Ambos irresponsáveis. Minha mãe cabulava o ensino fundamental pra ficar com rapazes, e meu pai cabulava a escola pra ficar na rua. Terminou que ambos não completaram o ensino fundamental. Bem, deu pra perceber que a minha vinda ao mundo não foi muito bem planejada, não é? Ou como eu gosto de lembrar: fui o fruto de uma ‘rapidinha’ com a filha da vizinha que deu errado.

Na verdade, o problema de uma família estruturada não parava em meus pais. Minha avó materna não tinha parentes. Tinha sido adotada na infância pra trabalhar como empregada de sítio por uma família em Sergipe,  e depois de toda exploração trabalhista infantil, veio para São Paulo procurando uma vida nova. Já meus avós paternos, a situação era mais complicada. Meu avô largou a esposa com os 6 filhos para viver a vida dele, em uma pequena cidade de Minas Gerais.

Quando eu nasci, fui adotado pela minha avó materna. Minha mãe na época só pensava em baladas e rolês, e meu pai fazia de conta que eu não existia. E é aqui que chegamos na origem dos meus problemas. Minha avó era uma mulher pobre, acabando de comprar o próprio barraco em uma favela de Osasco. Moramos no mesmo local por 20 anos de idade. Aliás, ainda moramos aqui. Não na mesma casa de pau a pique com problemas de infiltração, mas em uma casa bem estruturada com um bom espaço para uma família de 3 pessoas: minha avó, minha tia e eu.

Nos meus 12 anos, minha mãe decidiu sair de casa após diversas brigas com a minha avó. Na verdade, até eu com minha pouca idade, não concordava com o tipo de vida que minha mãe levava. No total eram 7 filhos. Eu, o mais velho, vivendo com a minha avó e mais 6 meninas, sendo que destas, 2 moravam com a avó paterna. Hoje eu posso encontrar com a Talita e a Tamires na rua, e não vou reconhece-las.

Sobre o preconceito

Comecei a ir pra igreja desde criança com a minha avó. Aos 7 anos de idade, fui aprender violino e estudar música clássica, mas minha avó não tinha condições financeiras de me dar um instrumento. Aprendi e toquei até os 12 anos de idade com um violino emprestado pela igreja, visto que eu não podia comprar um. No ano seguinte, eu era mente em evolução: queria trocar do violino pra viola clássica e já me imaginava tocando violoncelo também, mas isso me trouxe novos problemas na igreja, visto que mais uma vez eu não podia arcar com os custos de um instrumento novo. Acabou que ganhei de presente da igreja uma viola clássica, e após uma longa conversa com os responsáveis da igreja, tive que me contentar com esta e descartar a possibilidade de aprender violoncelo.

Até meus 16 anos de idade, eu não era bem aceito na comunidade da igreja. Era o garoto pobre da favela, e só tinha mais 2 amigos da comunidade que se encaixavam em um perfil financeiro como o meu. Era aceito na comunidade por ser músico. Aliás, ser músico era um problema. Na igreja, músicos devem usar ternos para tocar com a orquestra e eu só tinha um único terno para usar em todos os cultos que eu participava da igreja.

Fui bem educado pela minha avó, e isso foi fundamental para minha adolescência. Mesmo com um único terno, aos 16 anos de idade eu era impecável, bem arrumado e educado, e com isso fiz boas amizades com alguns adolescentes. Porém, nunca arrumei uma namorada. Mesmo bem arrumado ao ponto de fazer o Barney Stinson ter orgulho de minha pessoa, os boatos corriam, e nenhuma garota queria namorar ou sair com um garoto pobre. E isso seguiu até os 20 anos de idade, quando decidi abandonar o barco e sair da igreja. Estava abandonando não só um princípio religioso, mas também meu hobby de músico. Tinha decidido de que não valia a pena aturar isso e outros absurdos que existem em uma comunidade evangélica.

Na escola não era muito diferente. No sexto ano do ensino fundamental, minha tia tinha ganhado de aniversário 2 cachorros labradores filhotes, e a gente não tinha condições para criá-los, então decidimos doar ambos. Nisso, encontrei em minha turma de sala, 2 irmãs gêmeas que queriam adotá-los, porém mal sabia que elas iriam buscar os cachorros em casa. Na semana seguinte, a sala toda sabia que eu morava em um barraco, e foi uma das humilhações que tive que aturar. Sem contar as piadinhas. Eu tinha alguns amigos sinceros e foi bom contar com um apoio na época. A maior parte dos comentários vinham por parte das garotas da sala, mas o que eu podia fazer? Life goes on, right?

E no que eu pensei hoje ao olhar para meu primo? Que ele não vai precisar passar por muitas humilhações como estas que eu tive que passar. Sobre fazer um curso técnico e ter que ir 2 semanas a pé para a escola de Osasco até a Vila Leopoldina, quase 3 horas andando. Sobre ter que passar o final de semana na casa do amigo pra poder utilizar o computador dele, para poder fazer trabalhos do curso técnico de programação. Sobre ter medo de trazer alguma namorada ou garota em casa para apresentar para minha avó, com medo dela não gostar da minha casa ou da minha vida e me dispensar. Na verdade, só trouxe uma garota na minha casa quando era um barraco e fui eternamente grato por isso não mudar os sentimentos dela para comigo.

Tive quem me ajudou nesse caminho todo e sou eternamente grato por isso. Pelo Denis, por me emprestar seu computador e sua casa aos fins de semana para que eu pudesse estudar; pelo José, Davi e Bruno, por serem meus amigos de infância e terem me apoiado em todos esses problemas; pela Elizabeth, a única garota que eu trouxe na minha casa, por ter me ajudado com dinheiro para condução ao saber que eu estava indo estudar a pé; e a uma senhora da igreja que até hoje eu não sei seu nome, mas que também doou algum dinheiro para minha avó para que eu pudesse estudar.

E eu espero que isso nunca se repita para meu pequeno primo e um possível filho que eu possa ter algum dia. Foi doloroso ser um adolescente que não tinha um video game, um computador, ou que não podia ir ao Play Center com a turma da escola. De fato, muita coisa se repete: minha tia, mãe do meu referido primo, não casou com o pai dele, então ela trabalha 12 horas por dia pra dar o melhor para garoto. Logo, minha avó tem que cuidar do pequeno. Mas enfim, quem tem uma família perfeita?

Minha ideia neste post não foi viver mágoas passadas, mas sim retratar um outro tipo de preconceito que existe na sociedade. Alguns anos atrás, eu teria vergonha de conversar sobre tudo isso. Mas parafraseando o Chorão: “Um dia a gente cresce, conhece a nossa essência e ganha experiência, aprende o que é raiz e aí cria consciência.”.

Olá galera, tudo bem?

Faz um tempo que não posto… anda tudo muito corrido para mim. Estou tentando fechar um time de League of Legends e tentando voltar a raidar no World of Warcraft ao mesmo tempo, então está bem punk, isso sem contar trabalho, amigos, etc.

Enfim… achei umas cervejas da Einsenbahn aqui em São Paulo, e fiquei fã da marca após ir em uma Oktoberfest em Blumenau/SC.  Então conforme a grana e o tempo der, vou experimentando e fazendo um post com a história das cervejas por aqui. Espero que gostem. =)

Eisenbahn Dunkel 355ml

Eisenbahn Dunkel 355ml

Ficha Técnica

Cerveja: Eisenbahn Dunkel
Tipo: Dunkel
Família: Lager
Grau alcoólico: 4,8%
Tipos de malte: 5
Versão: 355 ml

Descrição

Cerveja escura do tipo Lager, de baixa fermentação. Ao contrário das lagers escuras nacionais, que normalmente são adocicadas e escurecidas com caramelo, a Eisenbahn Dunkel é feita com maltes torrados importados, que lhe conferem aroma e paladar incomparáveis de café e chocolate. A receita da Eisenbahn Dunkel leva cinco diferentes tipos de maltes. O resultado é uma cerveja maravilhosa, ideal para ser consumida o ano todo.

História

O estilo é uma especialidade da região do sul de Thüringen e do norte da Francônia na Alemanha, e é provavelmente uma variação do estilo Schwarzbier (cerveja preta).

Prêmios

European Beer Star 2009 – Alemanha
• Medalha de ouro com a Dunkel na categoria German Style Schwarzbier.

European Beer Star 2008 – Alemanha
• Medalha de bronze com a Dunkel na categoria German-Style Schwarzbier.

World Beer Cup 2008 – Estados Unidos
• Medalha de bronze com a Dunkel na categoria German-Style Schwarzbier.

Australian International Beer Awards (AIBA) 2012 – Austrália
• Medalha de bronze para a Eisenbahn Dunkel no estilo German Style Schwarzbier.

Australian International Beer Awards (AIBA) 2011 – Austrália
• Medalha de prata com a Dunkel na categoria Dark Lager.

Australian International Beer Awards (AIBA) 2009 – Austrália
• 1 medalha de ouro com a Eisenbahn Dunkel na categoria Dak Lager.

Australian International Beer Awards (AIBA) 2008 – Austrália
• Medalha de prata com Dunkel na categoria Lager Package.

South Beer Cup 2012 – Brasil
• Medalha de prata com a Eisenbahn Dunkel na categoria Dunkel.

South Beer Cup 2011 – Argentina
• Medalhas de prata com a Dunkel na categoria Dunkel

Conclusão

A Dunkel tem um aroma agradável, com uma espuma sensacional. Não é tão doce como as cervejas pretas que estamos  acostumados. Também não possui aquele gosto amargo. É no ponto. Leve, e saborosa. Recomendo!

Fonte: http://eisenbahn.com.br